domingo, 29 de maio de 2016

Produtividade e letargia...


'Economist': Trabalhador brasileiro precisa sair de 'letargia' para economia crescer

Da BBC Brasil

Atrasos frequentes evidenciam a baixa produtividade que emperra o crescimento brasileiro

Filas, tráfego, prazos descumpridos e atrasos de todo o tipo são parte do cotidiano brasileiro. Isso também é uma mostra, segundo a edição desta semana da revista britânica The Economist, da baixa produtividade do trabalhador brasileiro, que acaba por segurar o crescimento da economia.

A produtividade do trabalhador brasileiro está estagnada há mais de 50 anos e o país precisa ser mais ágil e mais produtivo para voltar a crescer, segundo o texto, cujo título é "50 anos de soneca".

A reportagem, ilustrada com a foto de uma pessoa descansando em uma rede na praia, aponta, entre outros fatores para a baixa produtividade, o que diz serem traços culturais do brasileiro.

"Poucas culturas oferecem uma receita melhor para curtir a vida", afirma a revista, após citar empresários que relataram ter enfrentado dificuldades para contratar funcionários.
Um deles, segundo a Economist, teria contratado 20 trabalhadores temporários para atuar em suas barracas de fast-food no festival Lollapalloza, em São Paulo, mas apenas dez apareceram.

Economias emergentes

A Economist lembra que o fator de produtividade no Brasil, que mede a eficiência do trabalho e do capital, é hoje pior do que a dos anos 1960. O semanário também compara o país a outras economias emergentes.

Enquanto a produtividade do trabalho foi responsável por 91% da expansão do PIB chinês entre 1990 e 2012, e 67% do PIB indiano, no Brasil esse índice foi de apenas 40%, segundo estudo da consultoria McKinsey.

"O restante (do crescimento) veio da expansão da força de trabalho, como resultado de uma demografia favorável, da formalização e do baixo desemprego. Tudo isso vai desacelerar a 1% ao ano (de crescimento) na próxima década", diz uma fonte ouvida pela revista.

"Para a economia crescer mais rápido, a um ritmo de 2% ao ano, os brasileiros precisarão ser mais produtivos", conclui.

Entre outras razões listadas pela revista para explicar a baixa produtividade do país estão os poucos investimentos em infraestrutura e a educação de baixa qualidade, problemas já conhecidos.

A revista também cita o mau gerenciamento e a ineficiência de muitas empresas - muitas delas acostumadas ao protecionismo do Estado.

"Ao invés de quebrarem, empresas frágeis sobrevivem graças a várias formas de proteção estatal, que acaba protegendo-as da competição", diz a revista.

sábado, 28 de maio de 2016

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Produtividade e letargia...


'Economist': Trabalhador brasileiro precisa sair de 'letargia' para economia crescer

Da BBC Brasil

Atrasos frequentes evidenciam a baixa produtividade que emperra o crescimento brasileiro

Filas, tráfego, prazos descumpridos e atrasos de todo o tipo são parte do cotidiano brasileiro. Isso também é uma mostra, segundo a edição desta semana da revista britânica The Economist, da baixa produtividade do trabalhador brasileiro, que acaba por segurar o crescimento da economia.

A produtividade do trabalhador brasileiro está estagnada há mais de 50 anos e o país precisa ser mais ágil e mais produtivo para voltar a crescer, segundo o texto, cujo título é "50 anos de soneca".

A reportagem, ilustrada com a foto de uma pessoa descansando em uma rede na praia, aponta, entre outros fatores para a baixa produtividade, o que diz serem traços culturais do brasileiro.

"Poucas culturas oferecem uma receita melhor para curtir a vida", afirma a revista, após citar empresários que relataram ter enfrentado dificuldades para contratar funcionários.
Um deles, segundo a Economist, teria contratado 20 trabalhadores temporários para atuar em suas barracas de fast-food no festival Lollapalloza, em São Paulo, mas apenas dez apareceram.

Economias emergentes

A Economist lembra que o fator de produtividade no Brasil, que mede a eficiência do trabalho e do capital, é hoje pior do que a dos anos 1960. O semanário também compara o país a outras economias emergentes.

Enquanto a produtividade do trabalho foi responsável por 91% da expansão do PIB chinês entre 1990 e 2012, e 67% do PIB indiano, no Brasil esse índice foi de apenas 40%, segundo estudo da consultoria McKinsey.

"O restante (do crescimento) veio da expansão da força de trabalho, como resultado de uma demografia favorável, da formalização e do baixo desemprego. Tudo isso vai desacelerar a 1% ao ano (de crescimento) na próxima década", diz uma fonte ouvida pela revista.

"Para a economia crescer mais rápido, a um ritmo de 2% ao ano, os brasileiros precisarão ser mais produtivos", conclui.

Entre outras razões listadas pela revista para explicar a baixa produtividade do país estão os poucos investimentos em infraestrutura e a educação de baixa qualidade, problemas já conhecidos.

A revista também cita o mau gerenciamento e a ineficiência de muitas empresas - muitas delas acostumadas ao protecionismo do Estado.

"Ao invés de quebrarem, empresas frágeis sobrevivem graças a várias formas de proteção estatal, que acaba protegendo-as da competição", diz a revista.

Dubai abre primeiro escritório do mundo feito com impressão 3D

Processo industrial pode reduzir tempo de construção em até 70% e cortar gastos com pessoal em até 80%

O governo de Dubai disse ter aberto nesta terça-feira, 24, o primeiro escritório do mundo feito a partir de impressão 3D, como parte de um esforço local para aumentar o turismo e desenvolver tecnologias mais baratas. As impressoras – utilizadas tanto industrialmente e também em uma escala menor para criar objetos de plástico desenhados digitalmente em três dimensões –, no entanto, não foram usadas para a construção. 
Com 250 metros quadrados e um andar, o prédio protótipo foi feito com um tipo especial de cimento, e usou uma impressora de 6 metros de altura, 12 metros de largura e 36 metros de comprimento, disse o governo local. "Este é o primeiro escritório impresso em 3D do mundo: não é apenas uma construção, mas tem uma funcionalidade completa", disse o ministro de assuntos internos dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Al Gergawi. 
Em formato de arco, o escritório foi construído em 17 dias, em um projeto que custou US$ 140 mil. O edifício será a sede temporária da Dubai Future Foundation – a empresa por trás da construção – e está localizado no centro da cidade de Dubai, perto do Centro Financeiro Internacional de Dubai. 

Segundo Gergawi, estudos estimaram que a técnica de impressão 3D pode reduzir o tempo de construção entre 50% e 70%, além de cortar gastos com pessoal em até 80%. A estratégia de Dubai é ter pelo menos 25% dos prédios do emirado construídos por impressão até 2030, disse ainda o representante do governo local. / REUTERS

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Como aumentar sua produtividade ouvindo música no trabalho

Saiba o que acontece no seu cérebro quando você 

ouve suas trilhas preferidas e como você pode usar 

Da Revista Galileu
Saiba como usar o poder da música a favor de sua produtividade (Foto: Flickr/Creative Commons)
Eu já sei que meu dia no trabalho não vai render tanto quando esqueço os meus fones de ouvido em casa. Com as orelhas protegidas do rúido exterior não apenas fico mais focada, mas as horas na redação parecem mais ritmadas, melhor aproveitadas - em outras palavras, sinto que minha produtividade aumenta. Ouço de tudo: desde música clássica, passando por folk indie até Ke$ha, depende da atividade na qual estou imersa (graças ao8tracks escolho a playlist de acordo com meu sentimento ou atividade e não apenas por artistas ou gênero). E todas essas músicas tem um efeito em nosso cérebro que é diferente do que em qualquer outro animal já estudado pelos cientistas.
Pra começar, quando você ouve música uma parte do cérebro chamada núcleo accumbens é ativada. Essa região comanda a liberação de dopamina, um neurotransmissor chamado de ‘químico do prazer’ - é a mesma substância liberada quando você come seu prato preferido e quando você encontra suas pessoas preferidas, que faz você querer mais. Mas não basta simplesmente colocar seus fones, aumentar o volume e esperar a dose de dopamina ser liberada. A quantidade de dopamina liberada depende do elemento surpresa.
Explico: quando você está ouvindo uma playlist e se depara com uma música incrível, que você não conhecia até então, a quantidade de dopamina liberada é muito maior do que quando você está ouvindo o seu hit preferido pela enésima vez.
Ok, então a música que ouvimos muda a forma com que nos sentimos. “Me conte algo que eu não saiba”, você pode estar pensando. O fato é que é possível usarmos isso a nosso favor para aumentar a produtividade no trabalho, controlando o que sai de seus inseparáveis fones de ouvido. E preparamos um guia para te ajudar:
Para terminar tarefas chatas rapidamente
Um estudo publicado pela revistaNeuroscience of Behavior and Physiology notou que a habilidade de uma pessoa de reconhecer imagens, letras ou números aumentava quando ela ouvia rock ou música clássica. A mesma coisa acontecia quando as músicas eram tocadas em fones de funcionários de uma linha de montagem - eles cometiam menos erros, trabalhavam mais rapidamente e o tempo também parecia passar mais rápido. Ou seja, na hora de limpar a caixa de e-mails ou fazer algo repetitivo, apele para Edvard Grieg ou Rolling Stones (sugestões da repórter, mas outras músicas clássicas e rock funcionam).
Para diminuir a tensão
O gosto musical entre uma pessoa e outra pode variar imensamente. Eu, por exemplo, adoro ouvir metal durante as horas mais críticas do dia - e o pessoal da redação não entende como eu consigo me concentrar ‘com todo aquele barulho’. Mas ouvir nosso gênero preferido de música ajuda a diminuir a tensão, independente de qual seja o tipo de som que você mais curte.
Quer se concentrar?
Quando ouve canções e encontra uma que você adora, com uma letra com a qual você se identifica, seu cérebro pode liberar mais dopamina do que deveria para manter a concentração. Muita dopamina faz com que você perca o foco. Então prefira músicas já conhecidas ou, se você já está enjoado da sua playlist de sempre, opte por músicas instrumentais, sem voz.
Precisa de criatividade?
Um barulho neutro, que não caracteriza o silêncio absoluto, mas que também não é música é o que indica uma pesquisa do Journal of Consumer Research. De acordo com os cientistas, o ideal é o som de um café. E, por sorte, há uma ferramenta que simula o som desse ambiente, o  Coffitivity.
Novidade? Aperte pause
Vai ler um documento importante? Ou um relatório sobre algo que, até então, lhe era desconhecido? Aperte pause. Um estudo de 2010 da Universidade do Instituto de Galesmostrou que, ao precisarem decorar uma sequência de sons e números, participantes tinham mais dificuldade de lembrar das ordem quando uma música tocava baixinho ao fundo. Ou seja, se você está fazendo algo novo e complexo, o silêncio é a melhor opção. O mesmo não pode ser dito em relação a tarefas que você já sabe ‘de cor’. Outro estudo revelou que cirurgiões experientes faziam operações mais rápidas e precisas quando ouviam música, por exemplo.

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Novos Pilares de Responsabilidade Fiscal

Para saber mais sobre o livro, clique na capa.

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Novos Pilares de Responsabilidade Fiscal

A flexibilização da austeridade e a concomitante deterioração das contas públicas demonstram que a manutenção do equilíbrio fiscal ainda depende de novos avanços orientados ao fortalecimento do ambiente institucional público. Trata-se não de medidas conjunturais de contingenciamento de gastos, mas do estabelecimento de marcos complementares aos inicialmente introduzidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Na nossa história econômica recente, a LRF constitui um dos mais relevantes marcos para o equilíbrio das contas públicas. A partir dos anos 2000, a busca pelo equilíbrio das contas públicas deixou de ser apenas um discurso e passou a estar efetivamente institucionalizada como um próprio código de conduta fiscal de observação cogente pelos gestores públicos em todos níveis federativos, com destaque para os limites de despesas de pessoal e de endividamento que passaram a ser regra rígida.Contudo, pilares institucionais como o conselho de gestão fiscal não foram ainda constituídos. Da mesma forma, a indefinição quanto ao limite do montante da dívida consolidada da União, exigido pelo art. 48, XIV, da Constituição, coloca em relevo a atuação do Legislativo nesse assunto.

Conselho de Gestão Fiscal e Instituição Fiscal Independente

A LRF estatuiu que o acompanhamento e a avaliação, permanente, da política e da operacionalidade da gestão fiscal devem ser realizados por um conselho de gestão fiscal (CGF). Esse seria constituído por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de entidades técnicas representativas da sociedade, nos termos de lei ordinária (§ 2º do art. 67 da LRF). Referida lei, contudo, não foi editada e o CGF não foi instituído, passados mais de 15 anos após a edição da LRF.

Isso se explica pela composição do Conselho. Nos termos definidos pelo Projeto de Lei (PL) nº3.744, de 2000, de iniciativa do Poder Executivo1, em tramitação na Câmara dos Deputados desde sua apresentação, os potenciais conflitos de interesse entre partes interessadas na expansão e controle do gasto acabariam afastando uma formatação técnica, como esperado para esse tipo de instituição de controle. Tamanha abrangência e diversidade de participantes poderia ser problemática do ponto de vista da convergência de interesses, tendo em vista, ainda, que a responsabilidade precípua pelo desempenho fiscal é do governo federal. De fato, no lado do governo, a composição deveria estar restrita a quadros do Executivo, que é o responsável por consolidar e apresentar as peças orçamentárias2 – lembrando que essa é a lógica observada na política monetária, desde a edição do Plano Real em 1994, para a composição do Conselho Monetário Nacional, cujos membros são agentes do Executivo Federal.

Recentemente, entretanto, a concepção de conselho de gestão fiscal acabou perdendo força,diante dos debates em torno da Instituição Fiscal Independente (IFI). Essa alternativa passou a ser discutida pelo Senado Federal, em 2015, e foi recentemente aprovada em 2016, nos termos do Projeto de Resolução do Senado nº 61, de 2015. Esta terá caráter técnico e auxiliará o Senado em sua competência de fiscalização do Executivo, reforçando o acompanhamento legislativo das contas públicas, que hoje carece de uma institucionalidade mais efetiva, como demonstra o não funcionamento, ainda que regimentalmente previsto, dos subcomitês permanentes de Fiscalização da Execução Orçamentária e da Avaliação da Receita no âmbito da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), vis-à-vis a existência de constrangimento político e de conflito de interesse na relação entre parlamentares e Governo.

No sistema presidencialista, essa autonomia da IFI em relação ao Executivo pode ser considerada mais adequada do que a instituição de um conselho de gestão fiscal composto por quadros do próprio Executivo, composição que conflitaria com o princípio básico de gestão de recursos financeiros, que impõe a execução das funções de execução e controle em pessoas distintas. A IFI pode efetuar controle just in time sobre as contas públicas, em complementação às prerrogativas do Tribunal de Contas da União (TCU), cuja atuação possui ótica essencialmente ex post, ou de julgamento de contas efetivamente realizadas pela União, e à própria CMO.Além disso, a IFI pode ocupar papel central não apenas no controle das contas pelo Legislativo, como também na própria etapa de aprovação das peças orçamentárias anuais, seguindo o exemplo do veterano Congressional Budget Office dos EUA.

De fato, no âmbito global, o estabelecimento de instituições fiscais independentes tem representado uma das principais tendências, tendo sido criadas para controlar a expansão ampla do setor público, como resposta anticíclica que caracterizou o pós-crise 2008 nas economias centrais. Visam robustecer o arcabouço institucional para garantir o equilíbrio duradouro das contas públicas, bem como sinalizar um compromisso tempestivo em prol da sustentabilidade fiscal – finalidades que são aplicáveis e apropriadas também para o setor público brasileiro. No atual momento fiscal doméstico, a constituição de uma instituição técnica como a IFI representa uma possibilidade de elevar a qualidade do debate público sobre a política fiscal, a partir da promoção de maior grau de adequação orçamentária, prestação de contas e accountability.

Isso decorre de sua competência, dentre outras, em estimar parâmetros e variáveis relevantes para a construção de cenários fiscais e orçamentários, com base técnica e não política – por definição, mais crível –, reduzindo a politização em torno das projeções orçamentárias de receitas e despesas. No limite, pode até contrapor a reiterada superestimativa de receitas orçamentárias, que ocorre tanto no âmbito do Executivo quanto no próprio Legislativo, até como meio para dar margem à introdução das emendas impositivas. Com caráter técnico e apartidário, a IFI pode impor maior custo político à eventual indisciplina fiscal,já a partir do processo legislativo orçamentário, estimulando a adoção de políticas fiscais mais sólidas com base em peças orçamentárias mais críveis. Isso pode até evitar casos de revisão de meta fiscal como a que estamos vendo, decorridos apenas poucos meses de execução orçamentária – não que a revisão ao final de um exercício proporcione alguma credibilidade à gestão pública.

Quando falamos em responsabilidade fiscal, o foco sempre esteve voltado à execução financeira da programação orçamentária, mas o ciclo fiscal é mais amplo e começa já a partir das definições e estimativas das peças orçamentárias. Na verdade, a falta de sinceridade na fixação da despesa e na previsão da receita é um grande desafio do orçamento público – por isso o processo legislativo orçamentário deve ser tutelado por um sistema adequado de freios e contrapesos. A integridade e a qualidade das projeções orçamentárias, do planejamento fiscal e, posteriormente, da execução orçamentária devem ser promovidas mediante rigorosa aderência ao conceito de qualidade do gasto público, partindo da reestimativa séria de receitas anuais no Congresso. No presidencialismo de coalizão, a IFI pode mitigar o descompromisso dos parlamentares com o ciclo fiscal, muito mais afetos a ganhos políticos de curto prazo do que com o efetivo controle fiscal-orçamentário.

Limite Constitucional para a Dívida Consolidada da União

A responsabilidade fiscal em muito se sustenta em “regras de teto”, que estabelecem limites ou metas quantitativas claras para agregados relevantes como despesas de pessoal, resultados primário ou nominal e dívida pública. São mecanismos de gestão que visam atender à preocupação clássica que diz respeito ao controle de dívida e déficits excessivos.

Ao lado do que já ocorre para os outros entes federados, a regra de “convergência” da dívida da União constitui limitação prudencial e ao mesmo tempo terminativa para o endividamento público federal, nos termos do projeto de Resolução do Senado Federal (PRS) nº 84, de 2007, ainda em tramitação, que propõe a fixação delimite para a dívida federal. A proposição, gestada logo após a introdução da LRF, nada mais constata que há limites para o financiamento do Estado, que precisa estar dentro de uma trajetória crível. Naturalmente, o efeito esperado do indicador proposto é a limitação dos gastos públicos, caminho que o próprio mercado já apontou pelo rebaixamento do grau de risco da dívida soberana brasileira – custo com externalidade negativa para a economia brasileira como um todo, que teria sido evitado diante de um limite já posto legalmente.

Uma preocupação refere-se à factibilidade e ao impacto do nível de endividamento definido – de 4,4 RCL para a dívida bruta –, ainda que seja bem mais amplo do que o estabelecido para os Estados e Municípios (de 2 e 1,2 RCL, respectivamente), para comportar suas atribuições de gestão macroeconômica.Ainda que a definição do indicador envolva incerteza, trata-se de um número crível, que é bem superior ao valor inicialmente apresentado na proposta inicial do Executivo, de 3,5 RCL quando o endividamento estava na ordem de 2 RCL e a preocupação era de ser muito elevado e estimular ainda mais o endividamento da União. O cenário, hoje, é outro, com a deterioração do estoque da dívida para o patamar de 6 vezes a RCL, mostrando a conveniência e a necessidade do novo limite legal.

A sistemática para alcançá-lo mitiga eventual descompasso maior ao setor público, pois, de acordo com a proposta em tramitação, a convergência da dívida com a implementação da regra será gradual em horizonte temporal amplo de 15 anos, com o limite proposto sendo atingido apenas após 2030.Essa sistemática é consistente ao indicar um caminho longo de convergência fiscal, com a proporção de redução de 1/15 por ano,que equivale a menos de 1,5% do PIB – o próprio histórico de esforço fiscal e geração de superávit primário (com valores chegando a 3% do PIB) mostra capacidade de adequação e convergência do setor público.Além disso, traz ressalvas e condições de flexibilização fiscal em situações adversas, uma sistemática que já encontra respaldo na própria LRF.

De fato, há uma tendência global de estabelecimento de regras fiscais múltiplas, controlando mais de um agregado de política fiscal não apenas no curto prazo, como se observa nas economias centrais. O mais comum são regras que controlam o resultado fiscal e a dívida pública simultaneamente, mas, no caso da Europa, mergulhada em grave situação fiscal a partir da crise de 2008, o descontrole orçamentário e da trajetória de endividamento forçou a imposição de um novo conjunto de regras para a convergência e disciplina fiscal, especialmente nos países do Sul, voltadas para a própria estabilização e manutenção do regime monetário da zona do Euro. O Pacto Fiscal Europeu,complementou, em 2012, as regras do Tratado de Maastricht (1992) – que estabeleceu limite de endividamento bruto de 60% do PIB e restringiu o déficit nominal nos países-membros a 3% do PIB. Assim, estipulou limite de 1% do PIB para o chamado déficit nominal estrutural (um indicador de balanço fiscal de médio prazo, ajustado a variações do ciclo econômico), se o estoque da dívida é inferior a 60% do PIB, ou 0,5% do PIB, caso maior. Também faz parte desse pacto fiscal um mecanismo automático de correção, caso seja detectado desvio significativo da meta ou da respectiva trajetória de ajustamento – o que reforça o comprometimento, ex ante, dos governos em cumpri-las, na mesma linha do que está sendo proposto no PRS nº 84, de 2007.

Endividamento público é salutar tanto para o Estado quanto para o agente superavitário e a própria economia, mas encontra limite no tamanho e na trajetória da dívida.Daí que o limite de endividamento proposto pode ser benéfico para corrigir a trajetória de gastos, especialmente se indicadores de esforço primário e, mais ainda, resultado nominal, estabelecidos anualmente, estão sendo reiteradamente desconsiderados ou revisados. Por estar na competência privativa de controle do Senado, esse indicador terá maior estabilidade institucional para equacionar a dívida em uma trajetória sustentável no médio e longo prazo.

O projeto original dessa regulamentação, de 2000, do Executivo, foi desdobrado, no Senado, em duas proposições[3], uma que cuida da União e outra, dos demais entes federados. Esta segunda parte se transformou na Resolução nº 40, de 2001. Assim como o PL nº 3.744, de 2000, que tramita na Câmara, esta também se encontra praticamente no estágio em que foi apresentado – o que sugere uma simetria entre Senado e Câmara evidenciando que os impedimentos à tramitação desses temas não têm cores partidárias.

Nova Lei de Finanças Públicas

Também tramita no Senado Federal o Projeto de Lei Complementar (PLS) nº 229, de 2009, que visa introduzir nova lei geral de finanças públicas. O texto estabelece normas sobre orçamento, controle e contabilidade pública, além de contemplar temas como planejamento e orçamento; execução orçamentária; contabilidade e classificação da receita e da despesa. Também abrange aspectos relativos ao reconhecimento e pagamento de obrigações de exercício anterior, e diretrizes contábeis aplicáveis a fundos públicos.

Sua introdução deverá beneficiar o próprio processo legislativo orçamentário nacional, à medida que incorporará várias regras de cunho normativo geral, isto é, aplicáveis também para as demais esferas federadas, além de normas já aplicadas na esfera federal,que são, a cada ano, inseridas nas leis de diretrizes orçamentárias e que já deveriam estar consolidadas como regramento perene.

É relevante a nova regra de que a estimativa de receita orçamentária que o Poder Legislativo aprovar na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deverá ser mantida tanto nesse projeto quanto no texto da Lei Orçamentária Anual (LOA) enviado para sanção presidencial – mecanismo que visa tornar mais crível o processo de previsão orçamentária das receitas, contrapondo-se ao viés altista não só do Executivo como do Legislativo para abarcar as emendas impositivas. O projeto também reformula o Plano Plurianual (PPA) para simplificá-lo com base no programa de governo eleito com o novo Presidente da República, acabando com o descasamento entre mandato presidencial e PPA.

Na esfera do planejamento, o Sistema Nacional de Projetos de Investimento agregará os dados dos sistemas dos municípios com mais de 200 mil habitantes, constituindo banco de dados único de projetos, cuja inclusão será pré-requisito para inserção no orçamento de cada ente federado. Esse mecanismo reforçará o papel da LDO, com a finalidade de os governos de todas as esferas federadas passarem a fazer um planejamento fiscal de médio prazo consistente, deixando de assumir obrigações futuras sem fontes de financiamento definidas. Para isso, prevê a projeção de todas obrigações já contratadas ou esperadas para os anos seguintes e, a partir da meta fiscal definida, a determinação do espaço disponível para novos projetos, contemplando que os projetos anteriormente aprovados sejam adequadamente observados. Esse detalhamento maior permitirá aprovar somente o que seja efetivamente viável em ser iniciado na prática.

Medidas Legislativas Complementares

A responsabilidade fiscal tem na apreciação das contas do Presidente da República pelo Congresso importante pilar institucional, mas a prerrogativa parlamentar acaba esvaziada se for intempestiva – como mostra as contas do governo Collor (1990-1992) que ainda aguardam parecer. A falta de prazos para apreciação de contas destoa do prazo fixo de 60 dias para apresentação das contas pelo Presidente da República e do prazo de 60 dias para emissão de parecer pelo TCU. O estabelecimento de prazo específico é uma necessidade para o exercício tempestivo da função fiscalizadora do Congresso Nacional, uma de suas prerrogativas básicas. Isso porque eventual reprovação de contas, por exemplo no primeiro semestre do ano seguinte ao ano de prestação das contas, pode constituir fato político relevante, além de subsidiar a sociedade sobre a qualidade do gestor público, permitindo-lhe formar melhor julgamento acerca da conveniência da reeleição de um político ou não. Trata-se de importante omissão de controle fiscal.
Também decorre daí a necessidade de sanção mais efetiva a políticos com contas reprovadas. Sanções de baixo custo ao agente político são ineficazes para coibir crime de responsabilidade, ou o desvio da conduta esperada do gestor público. No caso,a sanção de inelegibilidade política do mandatário com contas reprovadas não afeta o curso do próprio mandato, o que não gera uma preocupação tempestiva de curto prazo para o político, nema concomitante aderência às normas de finanças públicas. Talvez seja a hora de aprimorar as regras de gestão com foco nesse horizonte temporal.

O equacionamento da prática de contingenciamento e do uso da rubrica de Restos a Pagar (diante da falta de limite quantitativo específico) também merece avaliação, para valorizar a função de planejamento dos gastos. Se, por uma via, o contingenciamento é medida preventiva que favorece o equilíbrio das contas, sua utilização excessiva compromete a qualidade do gasto, distorcendo o planejamento das ações públicas, em especial por congelar, prioritariamente, despesas de investimentos, o que emperra o desenvolvimento. Sua prática reiterada mostra um enfraquecimento do PPA, que é o instrumento estratégico de investimentos. Hoje, o abuso do contingenciamento desarticula a execução orçamentária ao longo do exercício, que acaba, muitas vezes, concentrada no final do ano, quando sobra pouco tempo para se realizarem as despesas de forma eficiente e racional. Na prática, o Executivo costuma reter os recursos durante o exercício para, após a certeza do cumprimento das metas, pela realização da receita estimada, já próximo ao fim do ano, liberá-los em grandes quantidades para que sejam realizados. Este procedimento leva a sérias dúvidas quanto à qualidade do gasto e à observância do planejamento orçamentário, ensejando licitações aceleradas e preços oportunamente elevados pelos fornecedores.

Um aspecto importante do contingenciamento e da acumulação de contas a pagar no exercício fiscal seguintes é que acaba constituindo um segundo orçamento para competir com o novo orçamento aprovado. A existência de valores expressivos em Restos a Pagar indica, por definição, que será feito novo contingenciamento no ano fiscal seguinte, o que é ruim não apenas para o setor público como para a organização do próprio setor produtivo privado que é contratado. Nesse caso, a prática reiterada e abusiva do poder de contingenciamento e a não execução das despesas orçamentárias previstas acaba transformando o orçamento em uma peça de ficção, pois muitas das despesas previstas simplesmente deixam de ser executadas, ou apenas pagas. Ainda que o contingenciamento seja uma resposta do Executivo ao excesso de autorizações orçamentárias do Legislativo com base em superestimação da arrecadação, o fato é que Congresso Nacional e sociedade acabam não contando com o planejamento orçamentário para direcionar as ações públicas que serão efetivamente realizadas.O processo de planejamento precisa trazer previsibilidade dos gastos e resgatar a credibilidade e a importância do orçamento como mecanismo central da ação pública, que acaba sendo chamado, de forma pejorativa, como mera “carta de intenções”.

O ciclo fiscal é mais complexo do que apenas a etapa de execução dos gastos, pois parte do planejamento orçamentário, de receitas e despesas em equilíbrio, quando da elaboração das peças orçamentárias (com observação das regras de teto), e vai até a fiscalização e aprovação posterior das contas pelo Legislativo. Daí a capacidade de pilares como instituição fiscal independente,limite de endividamento federal e a introdução de novas normas de controle de finanças públicas,como citado, constituírem mecanismos institucionais críveis, que complementarão o arcabouço normativo atinente à gestão fiscal e conduzirão a gestão pública a uma trajetória de maior qualidade e sustentabilidade.

Por Cesar van der Laan    


terça-feira, 24 de maio de 2016

Amar é abrigar...


segunda-feira, 23 de maio de 2016

domingo, 22 de maio de 2016

Produtividade e letargia...


'Economist': Trabalhador brasileiro precisa sair de 'letargia' para economia crescer

Da BBC Brasil

Atrasos frequentes evidenciam a baixa produtividade que emperra o crescimento brasileiro

Filas, tráfego, prazos descumpridos e atrasos de todo o tipo são parte do cotidiano brasileiro. Isso também é uma mostra, segundo a edição desta semana da revista britânica The Economist, da baixa produtividade do trabalhador brasileiro, que acaba por segurar o crescimento da economia.

A produtividade do trabalhador brasileiro está estagnada há mais de 50 anos e o país precisa ser mais ágil e mais produtivo para voltar a crescer, segundo o texto, cujo título é "50 anos de soneca".

A reportagem, ilustrada com a foto de uma pessoa descansando em uma rede na praia, aponta, entre outros fatores para a baixa produtividade, o que diz serem traços culturais do brasileiro.

"Poucas culturas oferecem uma receita melhor para curtir a vida", afirma a revista, após citar empresários que relataram ter enfrentado dificuldades para contratar funcionários.
Um deles, segundo a Economist, teria contratado 20 trabalhadores temporários para atuar em suas barracas de fast-food no festival Lollapalloza, em São Paulo, mas apenas dez apareceram.

Economias emergentes

A Economist lembra que o fator de produtividade no Brasil, que mede a eficiência do trabalho e do capital, é hoje pior do que a dos anos 1960. O semanário também compara o país a outras economias emergentes.

Enquanto a produtividade do trabalho foi responsável por 91% da expansão do PIB chinês entre 1990 e 2012, e 67% do PIB indiano, no Brasil esse índice foi de apenas 40%, segundo estudo da consultoria McKinsey.

"O restante (do crescimento) veio da expansão da força de trabalho, como resultado de uma demografia favorável, da formalização e do baixo desemprego. Tudo isso vai desacelerar a 1% ao ano (de crescimento) na próxima década", diz uma fonte ouvida pela revista.

"Para a economia crescer mais rápido, a um ritmo de 2% ao ano, os brasileiros precisarão ser mais produtivos", conclui.

Entre outras razões listadas pela revista para explicar a baixa produtividade do país estão os poucos investimentos em infraestrutura e a educação de baixa qualidade, problemas já conhecidos.

A revista também cita o mau gerenciamento e a ineficiência de muitas empresas - muitas delas acostumadas ao protecionismo do Estado.

"Ao invés de quebrarem, empresas frágeis sobrevivem graças a várias formas de proteção estatal, que acaba protegendo-as da competição", diz a revista.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

10 cursos universitários que são (quase) inacreditáveis

Jovens fantasiadas: Columbia College Chicago e Universidade de Baltimore tem cursos sobre zumbis


São Paulo — Estar em uma universidade é ter a chance de conquistar educação rigorosa e se preparar para a carreira que escolheu. No entanto, todas aquelas leituras e listas de leitura, por mais úteis que sejam, podem acabar se tornando entediantes… Pensando nisso, muitas instituições estão tentando atrair a atenção de estudantes com alguns cursos estranhos, e divertidíssimos.
Será que elas estão indo longe demais? Você gostaria de se especializar em zumbis, magos e super-heróis, ou você acha que o reino da fantasia deveria ficar longe das salas de aula? Confira abaixo uma lista dos 10 cursos universitários que existem… mas parecem imaginários:
#1 Literatura Fantástica – Harry Potter
Instituição: Ohio State University
O curso é focado na história do mundo mágico criado por Harry Potter e ensina, com isso, trouxas (ou não-bruxos) sobre técnicas literárias e herança cultural dos romances de ficção. Os estudantes devem ler todos os sete livros da série, bem como artigos e outros materiais sobre o gênero fantástico.
#2 Vampiros na Literatura e no Cinema
Instituição: University of Wisconsin-Madison
Livros como Crepúsculo e séries como “True Blood” e “Vampire Diaries” tornaram estas criaturas extremamente populares – e agora elas alcançaram até mesmo a educação superior. O curso, porém, não é tão assustador quanto parece – e não envolve nada relacionado a amostras sanguíneas ou pesquisa em laboratório. O professor Tomislav Longinovic, responsável pelo módulo, alega que a ideia é destruir a percepção cultural negativa que se tem sobre a Europa Oriental ao analisar folclore, literatura e filmes da região, e particularmente a imagem dos vampiros nelas.
#3 Línguas Inventadas: Klingon e Além
Instituição: University of Texas-Austin
Entusiastas da ficção científica podem comemorar: Klingon, ou a linguagem usada pela raça alienígena no universo de Jornada nas Estrelas (Star Trek), que já foi objeto de discussão e pesquisa pro muito tempo, agora também se tornou um curso da Universidade de Texas. Muitos clamam serem efetivamente fluentes, e passaram anos aprendendo-a (como o personagem Sheldon, da série Big Bang Theory). O curso, porém, não visa ensinar os estudantes a falarem a língua, mas utiliza linguagens inventadas como uma ferramenta para discutir ideias sobre teoria linguística, especialmente a respeito da interação entre linguagem e sociedade.
#4 ‘Sessão da tarde’; Família e Papéis Sociais 
Instituição: University of Wisconsin-Madison
A tradução do nome da disciplina não é literal, mas traduz exatamente o tipo de conteúdo televisivo que é estudado neste programa da Universidade de Wisconsin. Com o nome “Daytime Serials: Family and Social Roles”, o módulo foca em séries de televisão populares exibidas durante o dia (especialmente nas ‘novelas’ americanas, ou soap-operas) e as usam como estudos de caso para investigar como homens e mulheres são caracterizados em ambientes de família ou de trabalho. São feitas análises dos temas e personagens nestes programas diurnos e comparações com os programas exibidos em horário nobre.
#5 A Alegria do Lixo
Instituição: Santa Clara University
A professore Virginia Matzek é responsável por este curso, e ela afirma que ele é bastante popular na universidade de Santa Clara. Para as aulas, ela pede aos alunos que investiguem o lixo como se eles fossem arqueologistas descobrindo histórias ocultas – e, com isto, ensina aos alunos ciência nua e crua usando lixo e desperdício como foco. A ideia principal é mostrar que as sociedades lidam com o seu lixo da mesma forma que elas lidam com o meio-ambiente.
#6 A Ciência dos Super-Heróis
Instituição: University of California, Irvine
“A Ciência dos Super-Heróis” é, na verdade, um jeito novo e criativo de ensinar… física! Trata-se de forma de transformar assuntos complexos mais atraentes e acessíveis. Neste curso, estudantes aprendem sobre princípios reais da física usando os superpoderes dos seus heróis favoritos, como Homem Aranha, Super-homem e Mulher Maravilha.
#7 A História do Porco na América
Instituição: Xavier University in Cincinnati
Este módulo foca na história dos porcos através do tempo, a forma como são retratados na literatura e percepção social. Se você está interessado em descobrir diversos fatos interessantes sobre este animal – como por exemplo os conflitos entre colonos britânicos e índios causados pela posse destes animais – então este é o curso exato para você.
#8 Zumbis na Mídia
Instituição: Columbia College Chicago e Universidade de Baltimore
Estas duas universidades que possuem o curso “Zumbis na Mídia Popular” estudam a presença destas criaturas na cultura popular, além de explorar como elas influenciaram o vodu no Haiti, filmes e videogames. Assustador, sim, mas de certa forma fascinante.
#9 Lições de Lost: Um Estudo de Caso
Instituição: Vanderbilt University
Lost foi sem dúvidas uma das séries mais populares já produzidas – tanto que a Universidade de Vanderbild decidiu dedicar um curso inteiro a ela. O professor John M. Sloop ensina cultura popular e afirma que Lost é um estudo de caso perfeito, devido à variedade de personagens, aos temas que opõem religião e ciência e roteiro intrincado. Os estudantes assistem a episódios da série e discutem em seguida.
#10 Pornô Virtual e Sociedade
Instituição: University of New York at Buffalo
Este curso examina o papel da pornografia no desenvolvimento da internet e como ela afeta a sociedade. O professor, Alexander Halavais, explica que o objetivo não é valorizar nem criticar o pornô, mas discutir a interação entre pornografia e tecnologia. Aviso: o curso não inclui a exibição de nenhum filme adulto nem nada do tipo.
* Este artigo foi originalmente publicado pelo Estudar Fora, portal da Fundação Estudar
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Dramaturgo, o autor transferiu para seus contos literários toda a criatividade, intensidade e dramaticidade intrínsecas à arte teatral. 

São vinte contos retratando temáticas históricas e contemporâneas que, permeando nosso imaginário e dia a dia, impactam a alma humana em sua inesgotável aspiração por guarida, conforto e respostas. 

Os contos: 
1. Tiradentes, o mazombo 
2. Nossa Senhora e seu dia de cão 
3. Sobre o olhar angelical – o dia em que Fidel fuzilou Guevara 
4. O lugar de coração partido 
5. O santo sudário 
6. Quando o homem engole a lua 
7. Anos de intensa dor e martírio 
8. Toshiko Shinai, a bela samurai nos quilombos do cerrado brasileiro 
9. O desterro, a conquista 
10. Como se repudia o asco 
11. O ladrão de sonhos alheios 
12. A máquina de moer carne 
13. O santuário dos skinheads 
14. A sorte lançada 
15. O mensageiro do diabo 
16. Michelle ou a Bomba F 
17. A dor que nem os espíritos suportam 
18. O estupro 
19. A hora 
20. As camas de cimento nu 

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